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Gripe aviária afeta exportações do Brasil

Com a revelação do primeiro caso, ontem, os principais importadores suspenderam as compras da carne de frango

Fonte: Fernanda Strickland - Correio Braziliense | Data: 2025-05-17 10:54:00 | Categoria: Global

O governo brasileiro confirmou, ontem, o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma unidade de avicultura comercial. Assim que foi feito o anúncio, China, União Europeia e Argentina suspenderam as compras, o que pode comprometer a receita com a venda do produto a outros países, que, em 2024, havia alcançado recorde de US$ 9,928 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O foco foi identificado em um plantel de matrizes no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), trata-se de um caso isolado e localizado, já sob controle. Esse é o primeiro foco do vírus detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. No mundo, a circulação do vírus ocorre desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.

O Ministério da Agricultura alertou, logo pela manhã, que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, citou, por meio de nota.

A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) informou que a área em Montenegro foi isolada e as aves restantes foram “eliminadas”, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja. “Será conduzida investigação complementar em raio inicial de 10 km da área de ocorrência do foco, e de possíveis vínculos com outras propriedades. A mortalidade de aves no Zoológico de Sapucaia do Sul, que está fechado para visitação, também foi atendida e a Seapi aguarda o resultado do sequenciamento”, citou a Secretaria. A estratégia segue as normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Compras suspensas

Após o anúncio do primeiro caso, a União Europeia, China e Argentina suspenderam as importações de produtos e subprodutos de frango brasileiro, devido à detecção de gripe aviária em granja comercial. A medida segue protocolos sanitários firmados com esses mercados e ocorre de forma automática.

No caso da União Europeia, a suspensão ocorre por meio de autoembargo, conforme estabelecido no acordo entre o Brasil e o bloco europeu. “Desde o primeiro foco de gripe aviária em aves silvestres, há dois anos, intensificamos a revisão do protocolo com diversos países”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Ele informou que o Brasil busca, agora, negociar com a União Europeia a chamada regionalização do embargo — ou seja, restringir a suspensão das exportações apenas à área afetada, num raio de 10 quilômetros, ou ao estado onde ocorreu o foco. A União Europeia está entre os dez principais destinos do frango brasileiro, sendo responsável por aproximadamente 7% do volume total exportado. Em 2024, o Brasil embarcou cerca de 229,9 mil toneladas de carne de frango para os 27 países do bloco europeu, com receitas que somaram US$ 655,3 milhões.

A China, que lidera a lista de compradores do frango brasileiro, suspendeu todas as importações imediatamente. A agência sanitária estatal argentina, Senasa, também ordenou a suspensão das importações de produtos e subprodutos de aves do Brasil. “O Senasa determinou, como medida preventiva, a suspensão das importações de produtos e subprodutos de aves do Brasil certificados como livres de IAAP. Em relação à genética avícola, continuará sendo permitida a entrada de aves de um dia e ovos férteis, desde que sejam provenientes de compartimentos oficialmente reconhecidos pelo Senasa como livres desta doença”, comunicou a agência. Para a Argentina, o Brasil é o maior exportador de frango.

Ao se manifestar sobre o caso, o ministro Fávaro afirmou que o governo brasileiro aposta na transparência e rastreabilidade do sistema de vigilância sanitária para tentar reverter parte das suspensões. “É possível que consigamos essas mudanças, comprovando que outras regiões não têm risco de foco e, com isso, liberação dos embarques das demais regiões”, destacou Fávaro.

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